sábado, 4 de dezembro de 2010

BLOG EDUCATIVO

Este Blog Educativo foi elaborado pelas alunas do curso de Pedagogia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, na disciplina Educação e Novas Tecnologias, sob a orientação da profª Doralice Inocêncio, durante o segundo semestre de 2010. É resultado de uma pesquisa-ação realizada para a obtenção do título de doutora, no programa Educação, Arte e História da Cultura da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

PARTE UM - Desmistificando as complexidades do ensino da matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental

Olá educadores! Este blog será realizado por nós, 4 alunas da Universidade Presbiteriana Mackenzie – Amanda, Giovanna, Paula e Temi – do 4º semestre de Pedagogia. A ideia surgiu com a Profª Dora, de Educação e Novas Tecnologias, com o intuito de sermos sujeitas de pesquisa para o seu doutorado. A proposta dessa primeira parte é Desmistificar as complexidades do ensino da matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

O intuito desse trabalho se deu a princípio das dificuldades dos professores em passar os conteúdos matemáticos aos seus alunos a partir dos conceitos de números, agrupamentos, base 10 e função do zero.

A dificuldade em explicitar essas características numéricas causa dificuldades de aprendizagem nos alunos na apreensão de conceitos como adição e subtração, o que são essenciais para a vivência no cotidiano de qualquer pessoa.

Com isso, trazemos então algumas explicações primárias sobre esses aspectos, que serão explorados durante o desenvolvimento dos módulos:

Agrupamento: ocorre quando a criança realiza a contagem de objetos, por exemplo. Durante a contagem, a criança pode repetir um objeto e contá-lo novamente, então, para que isso não ocorra, ela separa os objetos da coleção em pequenos grupos para que o mesmo objeto não seja contado mais de uma vez. Durante essa experiência, a criança utiliza-se do agrupamento de 2, contando de dois em dois (base 2), agrupamento de 3, contando de três em três, e assim sucessivamente.

Base 10: a cada agrupamento de 10 (objetos) é estabelecida uma nova ordem decimal. A criança percebe que a contagem realizada de dez em dez é mais simples e rápida. Ao agrupar de dois em dois, a criança conta o grupo, ao chegar à base 10 ela passa a perceber e a contar a quantidade real de objetos.

Função do zero: O zero representa ausência de quantidade e, ao mesmo tempo, pode assumir uma presença de posição na ordem da dezena, da centena, ou dos milhares.

Objetivo geral e objetivos específicos

Em relação a agrupamento, base 10 e função do zero, para alunos de 1° Ano.

1. Importância de saber sobre;
2. Como os professores podem introduzir o conteúdo em aula;
3. Os recursos que podem ser utilizados, algo concreto, objetos de contagem, como, por exemplo, o material dourado;
4. Explorar de diferentes maneiras os sentidos das operações.

Módulo I: Mostrar diversas maneiras de lidar com os problemas matemáticos

Os problemas matemáticos estão inseridos na vida das crianças antes mesmo da Educação Infantil, onde através de brincadeiras e de relações com outras pessoas e objetos elas estabelecem na estrutura interna do pensamento, os elementos pré-numéricos, que são: classificação e seriação. Porém, essas noções não devem ser ensinadas, já que são inatas nas crianças.

É a partir desses conhecimentos relacionados no pensamento da criança que se relaciona o aspecto cardinal e ordinal, que as levarão a construir a ideia de número, e assim a importância da contagem.

Assim, podemos entender melhor que será através de conhecimentos prévios e relacionados com o seu contexto social que as crianças conseguirão lidar com diversos problemas matemáticos. Por isso é importante que a professora ofereça problemas matemáticos que incentivam as crianças a se interessarem e a pensarem.

Sempre lembrando que também é importante que a professora insista que cada criança escreva como pensou para obter tal resultado, pois dessa exploração surgem ideias que sustentam as operações, que são as escritas e as leituras de números, através da adição, subtração, multiplicação e divisão.

Outra maneira interessante de lidar com os problemas matemáticos com as crianças é através de jogos. Existem muitos jogos que ajudam as crianças a relacionarem operações matemáticas.

Módulo II: Contextualizar a sua utilização na prática cotidiana

Como já explicado, os alunos, antes de começarem a freqüentar a escola, têm contato diário com o sistema numérico. Ao ver algarismos em calendários, telefones em agendas, preços de produtos nos supermercados, numeração das casas, painel do elevador, entre outros, as crianças constroem, informalmente, representações sobre os números e tentam compreendê-los criando teorias próprias.

Essa lógica inicial construída com base em simples observação e na interação com os números em situações do cotidiano aparece principalmente quando os alunos são estimulados com propostas que envolvem não só a escrita, a leitura e a comparação de números, mas também quando colocam esse conhecimento em prática.

É essencial que a criança sinta-se familiarizada com o sistema de numeração, sendo estimulada com diferentes portadores numéricos que existem no cotidiano, como calendários, fitas métricas, tabelas de álbuns de figurinhas e outros materiais que permitam reconhecer a regularidade desse sistema.

Para isso, é de suma importância investigar quanto um aluno já sabe sobre o sistema de numeração para que o professor faça as intervenções corretas.

Módulo III: Manuseamento dos materiais didáticos de forma adequada e diversificada para melhor absorção e compreensão do conteúdo pelas crianças

Quando se fala de matemática, parece ser mais difícil fazer as crianças explorarem a sua volta porque noções matemáticas tendem a ser abstratas. A partir disso, tende-se a utilizar objetos e materiais concretos para que a criança possa utilizar e manipular, pois eles podem ajudar a representar relações matemáticas que as crianças devem compreender.

Para isso, cabe ao professor saber utilizar esses objetos e materiais, de forma a ajudar no desenvolvimento matemático dos alunos, que abrange desde o sistema de numeração até as operações numéricas.

Alguns desses materiais são: o ábaco e o material dourado. O professor deve conhecê-los e entendê-los para poder trabalhá-los com as crianças de uma forma vantajosa e que cause desequilíbrios, pois é assim que se dá a aprendizagem.

Além desses, existem outros tipos de materiais que podem ser construídos e são substituíveis, como o baralho, dados, palitos, a própria calculadora, entre outros.









Módulo IV: Explorar de diferentes maneiras os sentidos das operações

Algumas atividades propostas aos alunos nos anos iniciais da escolarização têm a possibilidade de ampliar o repertório de cálculos, na medida em que as crianças podem se apoiar em resultados conhecidos para calcular outros que ainda não conheçam. Por exemplo: a partir da idéia de 7+3=10, pode-se resolver outros cálculos, tais como: 700+300; 100-70; 1000-300; 130+70; etc.

Trata-se de reconhecer e utilizar propriedades tanto dos números quanto das operações. O ponto de partida para esse trabalho é a memorização de cálculos (adição e subtração) que totalizam 10, o que servirá de apoio no trabalho de ampliação do cálculo aditivo.

É importante insistir que cada criança escreva como pensou para obter o resultado, pois dessa forma, surgem idéias que sustentam as operações utilizadas e seus outros sentidos, como por exemplo, de que forma foi resolvida uma subtração por meio de uma adição.